sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Como o vento

Eu queria ser como o vento.
Leve, inquieto, que traz o calor da estação ou o frio que desponta lá do sul. 
As tempestades e aquela brisa carinhosa quando bate em nossos rostos. 
Ser o vendaval e Minuanos das noites  de inverno, ser a boa sensação das intermináveis noites de verão.
Ser as noites de temporal, que inquietam nossos ânimos, chamam nossos medos e afrontam a nossa coragem. Ter o poder de ser mau e o poder de ser bom.
Anunciar chuvas que lavarão nossas almas e acalmarão nossos pensamentos. 
Trazer chuva para chorar, trazer chuva para amar... Amar bem de pertinho com o vento soprando lá fora.
Trazer vendavais de paixão, que enchem nossos espíritos de confiança e ternura. Trazer vendavais para colocar tudo ao avesso e incerto.
Ser a brisa suave que bate no rosto e mais parece nos fazer cafuné, enquanto nossos pensamentos correm longe, sem frearem. 
Trazer alegria, encanto ou dor. 
Anunciar a nova estação, cantar a expectativa de uma nova vida que começa agora.
Ser vento para transformar qualquer calmaria em furacão. Para não parar nunca, ir de lá para cá em instantes e mudar conforme quiser. Percorrer o mundo todo em minutos, ecoar e pairar no céu. Volare.  
Ser vento para viver.



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