quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Quando a dor é grande, e o receio transborda, é normal que o coração contraia e a lágrima escorra. Se não for, querido, ou você é de pedra ou é maluco."


" Em tempos de escuridão, quando mais precisamos de alguém, é quase natural que aquele em que mais confiamos ajude a fechar a porta do poço. Porém, o que vem depois, aí sim, você pode dizer que são os anjos. "


" Pois mesmo que me digam que está tudo perdido, eu ainda acreditarei nas pessoas, em que possam ser melhores do que são, em que possam lutar por si mesmas...
 E a minha esperança, ah, essa vai pra sete palmos abaixo da terra junto comigo, pois mais alienada que posso ser, eu acredito nas pessoas ao invés de acreditar nas coisas - pois coisas são geladas, sem pulso e monótonas. Pessoas pulsam, aquecem e nos surpreendem - pro bem ou pro mal, ponderamos.  


Que existe dentro de cada pessoa um jardim em que há flores e por mais rachado que seja o solo, sempre há água para corrigir... Ah, isso eu sei que têm 










P.S.: Todas as frases, assim como tudo aqui, é de minha autoria, respondendo algumas perguntas...
" Queria poder sair daqui
e correr ao teu encontro
te abraçar, te sentir...
Por perto, encostado em meu ombro
e nem que fosse para te ouvir chorar
ou qualquer palavra que fosse
e então balbuciar ao pé de teu ouvido
que o perigo é grande mas o amar é gratificante. "

Heads

Cabeças são contraditórias, confusas e complexas. Complexo me lembra Matemática e Física, e disso eu saio correndo. 
Cabeças não entendem o que queremos dizer e nem onde queremos chegar. Cabeças não nos deixam chegar.
Cabeças sorriem para a vida e fecham a cara pro mundo. Cabeças renascem jardins de flores em desertos.
Cabeças nos enlouquecem e nos tiram o solo de concreto dos pés.
Cabeças sofrem, doem, estremecem... Cabeças fazem maluquices.
Cabeças pifam, cabeças nascem, cabeças morrem.
Cabeças morrem de amores e se derretem por um olhar. Cabeças correm contra o tempo e correm ao encontro dele.
Cabeças planejam tudo e acabam com tudo.
Cabeças nos surpreendem, cabeças nos fazem desatinar.
Droga de cabeças, a culpa é toda de vocês!
 - Quem as quer?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A escolha é sua

Você pode voltar, você pode sentar, você pode ver a vida passar.
Deixar escapar por entre seus dedos. 
É isso que você quer? Contabilizar anos de azar, de frustrações? 
Pode doer, irá doer. Se não doer, não é do coração. Se não te faz estremecer não merece nem que você pense.
Essa pode ser a oportunidade da sua vida de mostrar a si mesmo o quão forte é capaz de ser. 
As forças se escondem, você não as vê. Faça um esforço, olhe ao redor. 
Sorria e cative novos universos, por mais que as lágrimas fujam de seu controle.
Mude, saia da rotina. 
Chore, chore, ponha para fora... Será melhor do que guardar aí dentro do teu peito toda essa dor.
Abra as suas portas para a vida.
Pode ser que você se depare e pense que a vida está sendo injusta... Mas daí digo, mesmo que seja mais uma frase de utopia: você só tem o que merece, o que pode suportar.
Se a dor é grande, é porque você pode, você irá aprender a suportar.
De que adianta ter uma vida doce e não ter uma personalidade, uma história de vida com guerra? 
Coisas difíceis nos marcam e entram quase sempre como pontos bons em nossas biografias. No balanço final, elas só tem a somar.
Por isso que eu quero dizer: não ligue se aqueles não gostam de você... Olhe em volta! Se você fosse mesmo aquilo, iria ter cativado todas essas pessoas que te gostam tanto? 
Se te dizem não ter talento... Olhe em volta novamente, olha pra dentro de você também. Se a força terminar, pense onde você já chegou.
Sempre há um sol brilhando em cima das nuvens... A tempestade passa, o sol volta. O sol vai. Assim é... E tudo tem um porquê. Acredite, tenha fé... Mas.. "Não procure dançar ao som daquela antiga valsa. NÃO! É muito simples"*. Se você chegou até aqui, é capaz de ir até lugares mais compostos do que aquele passado condenador. Levanta a cabeça e vai em frente, joga a cara no mundo, como quem não tem o que perder.


*trecho de Se o rádio não toca - Raul Seixas 







Tão humano quanto...

Temos o humano dom de julgar todos. Independente de quem seja, de credo, cor, ou raça... Nós julgamos. Julgamos nossos pais, nossos amigos, irmãos, maridos, esposas, filhos, inimigos... Julgamos até o cachorro do vizinho.
Esquecemos de nos julgar muitas vezes. Aí começa o problema.
Julgar os outros é quase tão humano quanto não sabermos aceitar o nosso próprio julgamento. 
Sempre temos os poréns e os argumentos quando somos criticados, julgados. Dificilmente, calamos para refletir e somente depois botarmos para fora.
A vida é tão passageira e intensa, que muitos passam preocupados com o próprio umbigo e com os atos dos outros - mas esquecemos de nos preocupar com nossos atos e esquecer-mos nossos umbigos.
Todos temos uma concepção de que "eu nunca faria isso", "as pessoas não tem esse conceito de mim, porque eu não sou assim". Meu caro, você é! Pra alguém você deve ser exatamente isso...
 Nós só somos nós mesmos dentro de nossas cabeças, fantasias... Dentro dos quartos fechados, dentro dos olhos fechados. Esses sim, somos nós. 
O resto é o que o mundo insiste em ver. E em criticar. O resto é o que a gente quer transparecer, é o que nos deixam mostrar. 
Criticamos tanto então essa sobra externa de nós por quê mesmo? 
Porque precisamos ver defeitos nos outros, precisamos ter a certeza de que estávamos certos, precisamos ver os outros se ferrarem, precisamos ter pontos negativos para não cometê-los. É uma necessidade cruel, feia de pensar, de ler, de escrever... Mas é humana e pouquíssima recusável.
Recusável só é nós mesmos nos criticarmos... A maioria foge como se fosse de um crime sem fiança.
Mas mal sabem aqueles que se juram em chão seguros, que  quando nos conhecemos mais, descobrimos que sempre estamos sobre a areia... E esse medo de afundar nos faz crescer. Nos faz evoluir. 
Prefiro que a tábua seja rachada de tanto aprender, do que novinha de pouco usar. Prefiro evoluir.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pra agora nunca mais acabar

Chegou dezembro e mesmo faltando semanas para acabar as aulas eu me declarei em férias. 
Acordava cedo e enquanto estaria tendo Física eu caminhava no centro, dormia até tarde ou fazia qualquer outra coisa que não fosse aula. Eu merecia as férias.
Chegou o dia em que finalmente eu entrei de férias de verdade, e outra Marina apareceu por aqui. 
É como se um peso chato que ficava sobre mim iria voltar só meses depois. 
Não aguentava mais ver as mesmas coisas e muito menos pensar em algo que não fosse férias e "adíos" rotina.
As férias chegaram e não poderiam estar sendo mais maravilhosas! 
Saio do convencional, faço besteiras, rio, me acabo, caminho loucamente por tudo, acordo cedo para caminhar, acordo às quinze horas para almoçar, meu botão "nada é difícil demais" está sendo acionado constantemente...
Dias atrás, fiquei balançando na rede até de madrugada ouvindo poesias que insistem em chamar de música e deixei escorrer todo o estresse, medo ou sentimento ruim pelo rosto e senti pela última vez o amargo que tudo aquilo era pelo gosto salgado da lágrima quando encontrou os lábios.
Férias é tempo de não pensar em nada e não ser filosófico demais. É tempo de pensar em te fazer bem e esquecer, te distanciar, daquilo que tu não gosta fácil, fácil - bem fácil. Chegar bem pertinho de quem te faz bem e não largar nunca.
É fazer mil planos e fazer tudo na surpresa, no "tá fechado então".
É hora de que no máximo deve-se preocupar com a loucura de amanhã.
Tempo de chegar em casa às seis da manhã, beber escondido e fazer coisas que marcam a tua vida pra sempre.
Sinceramente, posso pedir pra Papai do Céu? NÃO DEIXA JANEIRO ACABAR! Não deixa as minhas férias terminarem, porque eu pendurei as chuteiras e não vou conseguir voltar mais a ativa tão fácil assim - e nem quero.
Gozar a liberdade de uma vida sem frescura é a melhor coisa que há - é tudo o que eu quero para a vida inteira, eu sou assim, intensa demais para viver na rotina. Preciso de adrenalina diária para estar em sintonia comigo mesma.
E se a alguém interessar, tô vivendo bem como eu quero... Acho que me encontrei e não quero mais voltar.