terça-feira, 6 de março de 2012

Que amanhã, na fogueira

Que amanhã vai ser um novo dia, o sol vai raiar e as nuvens vão sumir.
Que amanhã esse medo todo vai sumir, afinal quem vive com medo de viver, só existe, correto ?
Não gastemos, pois, vida com o problema dos outros. Não é egoísmo, é amor por si próprio.
Por quê consumir sorrisos com estômagos comprimidos?
Então eu deito, e falo com o meu coração a minha própria sorte: que amanhã acorde tudo certo. Eu rezo pra eu mesma ter forças de sorrir, todos os dias, o sorriso mais belo que eu puder, mas que este, seja por um vez, aquele verdadeiro, afinal não preciso mostrar bom humor para agradar aos outros - e sim a eu mesma.
Eu sou fruto do que semeio, então sou produto do que planto.
Minha própria sorte quem faz sou eu.
Mas amanhã, bem cedinho, quando os olhos despertarem, eu acredito bem acreditado, que, tudo vai estar bom. Gostoso de viver, sem distâncias e sem recuo. 
Enquanto isso sou como uma loba, que observo.
Observo eu mesma mudando em metamorfose. Hoje quero engolir tudo que sinto, amanhã, se tocares meu coração, talvez te conto.
Mas tem coisas que só divido com minha melhor amiga: eu mesma.
E sendo assim, quase penso em modo político: guardo sigilo para não me queimar. Até que eu chegue a conclusão que isso tudo é perigosamente contra mim. Daí permito. Porque só eu que me condeno.