quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Hormônio: Mudar o Mundo

Sábado passado, estive em um evento aonde reuniam-se cerca de duzentos jovens para falarem sobre diversos temas: cultura, bullying, meio- ambiente, mercado de trabalho, etc.
Eu,  sem tirar e nem por e sem surpresa alguma, não poderia deixa de escolher para debater sobre cultura e mercado de trabalho.
Metida a dar opinião e crítica como sou, acrescente mais uns quarenta jovens parecidos. Tá feito o barulho!  
Todos tem uma opinião e os mais carudos já vão se sobressaindo sem calar a boca um minuto só.
No grupo, houveram nítidas pessoas influenciadoras. Os que mais falavam, mais se mostravam.
Incrível, mesmo eu sendo novinha, eu acho interessantíssima esta atitude tão adolescêntrica: a vontade de mudar o mundo.
Foi só falar sobre o porquê da politicagem da cidade ser como é, dizer que os mais velhos nos vêem como um bando de criaturas alienadas e mal organizadas, que o circo pegou fogo.
Como se fosse o surgimento das Diretas Já, como se fosse o combate à ditadura, todos ali estavam alvoroçados, revoltados. Todos queriam fazer algo para mudar -poderiam sair correndo e por abaixo o mundo. 
Dali já saíram perfil em Orkut, Blog e e-mails para servirem como ponto de encontro dos que ali estavam e para mais tarde estar materializando algo.
E estas atitudes são a maior prova de que somos adolescentes. É o que nos distingue das outras "idades". É isso que nos faz sermos agitados ou calmos, é isso que nos modela a um certo pensamento.
Quem não quer mudar o mundo, já tá velho demais.
Aliás, o que tem de pessoas que já fizeram vários quinze anos por aí e com um espírito mais "mudar mundo" do que os jovens clássicos, é verdadeiramente encantador, pois idade não se faz pelo número de rugas na cara ou pela idade que alteramos todos os anos.
Jovens mais madurinhos e jovens à flor da pele, despertai-vos o poder de mudar o mundo!

domingo, 5 de setembro de 2010

Vou cuidar de mim


E há quase um mês atrás, a vida sorriu novamente para mim. 

Não, não vou dizer que as coisas então cem por cento e nem que tudo o que era antes deixei para trás. 
Ainda sofro pelas mesmas coisas. Anseio por tudo o que eu era antes, desejo de volta.  
Mas calma aí, as coisas estão voltando ao normal. 
Lentamente, aliás, tão lentas que às vezes esqueço que estão. Nunca pensei que algo em minha vida demoraria tanto para voltar ao que era. Ao que era não, mas ao que me agrada.
Eu acordo com vontade de ir para a rua e me sentir bem. Eu quero é me divertir, eu quero é rir. Tá aí: tenho uma queda amorosa pelo riso. Me sinto bem, segura e esqueço o que esta ao meu redor quando estou rindo. E você?
Pois bem, essa ânsia por viver, tão minha em outros tempos, esta voltando a sua potência máxima.
- É, eu andava meia "jururuca", meia sem entender as coisas que estavam acontecendo, mas não, nada de doenças ou de coisas mais cobrosas, só adolescência mesmo. -
As coisas na minha cabeça de 14 anos estão voltando ao normal. Estão se ajeitando.
Passar de uma criança para um quase adulto não é tão legal e fácil assim.
Talvez vocês passem ilesos, desejo isto, sinceramente, ou talvez passem de outra forma e em outra hora, mas eu estou, sei disso. Todo mundo passa.
Antes era mais gostoso, tinha sempre gosto de quero mais. Era uma vitalidade inigualável.
Era alegria sem pensar no depois, por mais que eu sempre me senti mais madura. 
As coisas foram montanha-russa demais, e quer saber? Essa sou eu. Sempre foi assim - ou tudo ou nada... Esse é o jeito da minha vida. "Nada fica terrível para sempre ou maravilhoso para sempre. Toda energia quando chega ao seu pico, reverte." Já diz meus próprio signo.
E eu aprendi a verdadeira essência disto. Talvez você ache que entenda e caia em si daqui algum tempo e veja que não tinha entendido de verdade. Isso aconteceu comigo, e então tive certeza de que estou mudando, estou crescendo.
Por mim nunca iria ter crescido, mas a vida é assim. O capitalismo também nos exige, e não podemos ser tão liberais e radicais.
E agora, eu vejo as coisas diferentes, e como disse no princípio, de um mês para cá, a vida coloriu de novo, e essas coisas que eu pensava : "caraio, só comigo" estão se acabando. 
Que bom, estou mudando! Que bom, tudo ao meu redor está, e com o tempo se encaixa em seu devido lugar. 
-"Quer saber? Já Foi !Vou cuidar de mim" sábio Wilson Sideral, agora é minha vez e o pior já foi. Tenho ânimo, expectativa demais e eu sei bem qual foi o meu bom sinal de que tudo vale a pena, de que temos que mudar, crescer, evoluir, e por mais que isto nos faça sofrer, sempre tem uma gratificação.
Mas sinais bons existem e sempre vem para todos alegrar. 
Não tema a vida e suas mudanças. Às vezes nossos portos-seguros se vão, nossos melhores amigos, nossa melhor fase se vai. 
Mas sempre vem algo melhor, de outra maneira.
Larga da neura e vai ser feliz!
Boa mudança! - pois só quem não muda é porque já morreu.
Estou bem e assim irei ficar.

sábado, 4 de setembro de 2010

Homem do elevador

Fazem-se algumas semanas que toda vez que ligo o computador penso : "desta vez entro e posto sobre isso no meu blog... E nada!"  
Mas desta vez me rendo e aqui tento tirar as teias de aranha desde maio e por algo de interessante.
Há duas ou talvez três semanas atrás, eu estava indo consultar. 
Entrei no prédio, segui o corredor e cheguei perto ao elevador. Nisto, me deparo com um homem, que no exato momento em que a minha mente um tanto maligna e trancafiada vai dar partida ao meu pensamento : "Nossa, que homem feio e estranho", chega o elevador.
Sem pensar duas vezes, espero o homem entrar e logo entro também.
Ele aperta friamente o botão para quarto ou terceiro andar, e com uma voz que rompeu todo aquele silêncio e também o silêncio dos meus pensamentos ele pede: "que andar?"-  com um sorrisinho amigável, daqueles que te fazem pensar: "poxa, pessoa legal!"
Realmente, sem sentindo tudo isso.
E eu, gaguejei e ainda erro de andar ao dizer, logo reparando meu erro e, ele, prontamente apertando o botão correto.
O porquê disto ? Não entendo também. Não, não foi nenhuma atração e nenhum destes homens que fazem qualquer uma se abobar. Um homem comum, talvez casado, talvez com filhos ou ainda more com os pais. Não sei.
Mas realmente, me surpreendo com essas gentilezas, logo nós que evitamos se quer levantar os olhos para ver quem esta do seu lado em um local de um metro quadrado - se tanto. 
Ainda há educação, thanks God!!