quinta-feira, 17 de março de 2011

Achado no rascunho...

"Talvez hoje você não estaria tão longe de mim, e eu aqui, me sentindo sempre perto de ti, mas ao mesmo tempo tão distante.
- Tão longe que mal posso perceber.
As horas voam com o despeito de acharem que eu não tenho nada pra fazer, e que nada é para ontem.
Elas escapam pelos meus dedos e mal consigo vê-las.
Mas quando paro para pensar em nós dois, é como se metade de mim fosse se dilacerando, morrendo tão lentamente que mais parece que irei cair junto. Você se foi e me deixou sem saber para onde ir, não me deu a receita para te esquecer."

domingo, 13 de março de 2011

Tributo aos amigos

Lhes reservo o lugar mais singelo e mais valioso nas minhas recordações. Para vocês, o mais nobre sentimento.
Para cada piscar de olhos que esbanjam alegria, para cada olhar simplesmente entendido, sem ao menos uma palavra ser dita.
Para cada sorriso bobo e cada motivo para sorrir. 
As mais carinhosas recordações, as histórias mais gostosas de se contar, tudo, se resume a uma única palavra: a palavra amigo.
Amigos de bebedeiras, amigos de sextas-feiras, amigos de colégios, de recreios, de festas, de velórios, de bares, de academias, de revoltas, de filas de espera, amigos de uma vida inteira. Amigos amores, amigos namorados. Amigos cúmplices.
Amigo pai, mãe, irmão, tia e avô. 
Cada risada em conjunto é melhor do que sozinha. Cada dor dividida, já corta-se pela metade.
Cada lágrima, a certeza de ter alguém que lhe dê um abraço ou chore com você. 
A certeza de ter com quem dividir as melhores novidades e as piores ocasiões, de olhar para alguém que brilhe os olhos quando te veja mas mesmo assim, não te cobre uma vida inteira. 
Mas ingrata é a realidade que a vida nos impõem.
Hoje entra alguém em nossas vidas e amanhã, já estamos dando um "até breve".
Amigos que passam, deixam suas marcas e levam com cada um, um pedacinho de nós.
Amigos que não nos recordamos, outros que lamentamos por não ter por aqui.
São os presentes mais lindos que a vida nos dá, e que ela mesma, tira, sem ao menos mandar carta de aviso.
Para todos vocês, a certeza de serem únicos e sem precedentes.


sexta-feira, 11 de março de 2011

De você me lembro mais. De você não esqueço jamais.

"Tem pessoas que a gente não esquece nem se esquecer"... 
Quisera eu te esquecer, não te ver a cada movimento que faço, não sorrir a cada objeto que vejo. Tudo me leva a você.
Queria eu um dia me desfazer de tudo isso, de virar a página e esquecer tudo o que passamos. 
Esquecer do quanto cresci ao teu lado, do quanto fui feliz e das vezes que abracei o travesseiro querendo te sentir por perto. Das vezes que me devorei para não desmoronar na sua frente. 
Das lágrimas que mais doeram.
Isso não é um fim, nem o meio... Talvez o início de uma nova fase que eu não queria aceitar, que eu tenha medo de perder o meu lugar ao teu lado.
Perder o meu, e só meu, pedacinho de lugar ao sol.
Quem dera me livrar de tudo o que me cerca. Tudo me sufoca agora, quando tento em ti não pensar.
Tento de ti manter distância, mesmo que seja irrelevante... Passam-se dias e quando teu sorriso aparece de frente a mim, é como se tudo virasse sol e calor. Tudo tem um motivo maior para pulsar.
Em ti eu me encontro, mesmo na escuridão que não parece dar lugar a vida.
Ter coragem para jogar tudo longe, tirar qualquer mísero papel que me lembre você.
Mas o teu perfume vem me encontrar em qualquer esquina que eu dobre, o teu carinho e a tua energia vem me colocar no colo quando tudo se some e só o medo parece viver.
Você transforma qualquer inverno em verão, seja como for.
Nem se um dia eu jogar o livro fora, queimá-lo e depois largar as cinzas ao vento... 
 - Até porque, qualquer dia, me dou de cara com você em noite de tempestade.
É de você que eu não desisto, pois não posso desistir de mim. 
DE VOCÊ ME LEMBRO MAIS!

domingo, 6 de março de 2011

Vírgulas não são pontos

Se já dizem que a voz que ouvimos não é a mesma que nos emitem, quiçá os sentimentos, as interpretações.
Metade das coisas é nossa mente que cria, que almenta. Nós vemos o que queremos ver, torcemos o nariz para o que não gostamos e, cá entre nós, aumentamos nossa dor infinitamente.
Talvez ele nem tenha desligado o telefone para não atender você. Talvez ele nem quisera te passar para trás. Aceite a ideia de o celular ter descarregado, do trânsito estar parado. Aceite realidades mais amenas, não se martirize por fantasias que você, e unicamente você, pensa existir.
É só a sua mente te iludindo.
Se deixássemos de aumentar tanto as coisas, se deixássemos de ver tudo com os olhos acostumados e cansados da rotina, se inovássemos, talvez os consultórios de psicólogos não estariam tão abarrotados pelos mesmos problemas.
Se tão difícil é lidar com nós mesmos, saber medir o nosso lado bom e o ruim, se tão difícil é nos aceitarmos, então de que adianta querer entender, controlar os outros? De que tamanho nos tornamos quando não reconhecemos em nós os mesmos defeitos que apontamos nos outros? De que tamanho somos quando julgamos os outros e cometemos as mesmas atitudes?
De que adianta passar horas abraçadas no travesseiro, remoendo lágrimas e dores de algo que já fugiu do seu alcance. Que nunca te pertenceu e agora muito menos será teu... E você desde o início sabia.
Talvez se não fosse essa nossa vontade incessante de sermos o centro das atenções, o picadeiro inteiro para o show, se não necessitássemos daquele que tanto amamos a atenção extrema: inteira e exclusivamente nossa. 
Se aprendêssemos a nos controlar com um pequeno pedaço do bolo ao invés das migalhas que sempre acabamos. 
O que adianta querer subir se quanto mais cria expectativas mais te fere? 
Se a dor não fosse tão exagerada, a necessidade de atenção não fosse tão aclamante em cada um, seria mais fácil de entendermos o que realmente nos emitem. De entender cada vírgula da frase, e não como um ponto - que nós teimamos em ouvir e borrar maquiagens.