quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Minha janela d’alma


Quis levar em meu peito
Só o que bastasse

Não o que pesasse
Como as angustias e os medos
Que por hora me fizeram crescer
Mas que na estrada, hei eu de deixar

Carregarei em meus pensamentos só o que me estremeceu
O que fez meus anjos (e muito mais meus demônios)
Trepidarem, mergulharem na emoção que me merece

Não levarei grandes artefatos
Andarei descalço pelos espinhos
Pois só o simples me basta, só o singelo, que for da alma
Quero comigo

Levarei meu sorriso de criança nos ombros cansados do velho
Levarei o brilho da juventude nos ventos da acomodação

As estradas hão de me guiar, hão de me fazer
Dos pés à cabeça, alguém maior do que eu

Mesmo que meus olhos estejam cansados e minhas mãos calejadas,
Continuarei andando...

Não me entrego por meio termo
E só caio, se for por terra



Mas ainda hei de levar comigo, a doce imagem
Da pena na mão, do olho no olho, do corpo que estremeceu

Nem que fi-lo meu ponto final em escuridão
Ainda enalteço o brilho que da minha janela verde
Um dia me fez, me formou, me elevou
De mero mortal para alma, luz e eu por completo, aprendendo a querer o bem. A fazê-lo.

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