sábado, 17 de dezembro de 2011

Nascente, rio e foz

Tudo que nasce
Deleita sobre um rio
E acaba desaguando
Em uma foz, vazia, só.

Tudo que surge, um dia desaparece
Vira pó na memória
E o tempo dá um jeito
Meio torto de levar
Tudo embora

Tudo que vem, vai, bate e volta
Tudo o que hoje te deixa mais alegre e radiante
Amanhã não fará mais sentido
Porque tudo que um dia é, amanhã já foi.

Aquilo que nasce e se vai com o tempo
Aquela coisa estranha de não brigar, romper
De deixar se apagar

A vida leva, o rio continua e as águas rolam
Não adianta nadar contra, o abismo é logo ali

A vida é um rio escuro, cheio de pedras

A vida é a certeza de que tudo que desagua,
Renova-se.

Pois lá na nascente, a vida já deu um jeito de encantar novamente,

Bendita seja a natureza de todas as coisas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela atenção, volte sempre e deixe seu comentário, que é muito importante!