sábado, 22 de maio de 2010

Da saudade ao reviver

Pessoas entram e saem das nossas vidas, deixando cada uma a sua marca.
Tristeza, alegria... Não importa. Com quem a gente convive, deixa sempre marcas.
E quando estas pessoas se vão, percebemos qual era a sua missão em nossas vidas. 
Pior é quando se vão na hora errada, por motivos errados..
E então, quando a saudade aperta e a "cabeça dura" é grande, existe um vão maior do que daqui à Salvador entre as pessoas - e por isso, preferem deixar a situação a mercê da sorte e sofrerem calados, sendo valentões.
Todos querendo provar o quanto são fortes, o quanto tem  capacidade de deixar para trás tudo e recomeçar, de realmente não ligar para um amor perdido, uma amizade, um sentimento... Como se antes de dormir, não parasse e isso lhe viesse a mente. Como se  não fosse um humano. Como se não sentisse. Como se não tivesse memória e nem coração...
E por favor, me digam se é crime dar o braço a torcer de vez em quando ? Se isso acaba realmente com alguém? Simplicidade e humildade é o que tem de menos. Ninguém é inteiramente simples e humilde. Forçamos muitas vezes simplicidade e humildade. 
Eu forço, tu força, ele força, nós forçamos (confesse).
E tudo isso, um dia volta. 
Um dia você nota que tudo o que tem a sua volta já não é a mesma coisa - tudo porque somos orgulhosos.
Mas quando você perceber que a dor e a saudade são maiores que você e suas forças, não importa a hora que for, corra e demonstre o que o seu coração está sentindo, seja você inteiramente. 
Perca o orgulho, a compostura e a aparência. Arrume a sua vida, arrume o seu sorriso. 
Peça perdão, perdoe - isso tira quilos das nossas costas.
E quando isso acontecer, nem que  lhe deixe com a face molhada daquela persistente gotinha que escorre do seu olho, lembre-se das suas amizades, dos seus amores, do que você é e dos momentos que passou com cada pessoa que se foi. 
E sim, resgate-os. 
Resgate todos, não deixe nenhum de fora. 
Nem que seja só no fundo da memória, na caixa de fotos velhas e cartas amareladas... 
Pois só quem sente sabe a delícia que é reviver o que é bom. E recordar é viver, reviver, remexer.

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