quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Voltando a fita

E é quando eu paro quieta, sozinha comigo, é que consigo pensar em tudo o que já existiu. 
Às vezes soa como surreal. 
Cada sorriso, cada abraço, cada beijo, cada "Eu te Amo" bem encaixado, cada choro bem baixinho de dar soluço e se enfiar no travesseiro. De cada foto e cada travessura.
De tudo que já vivi e que senti.
E é aí que me surge uma dorzinha no peito, mas bem lá dentro, uma coisinha estranha, feito pedra no sapato, sabe? É, é dor no coração mesmo -e aaaai de quem me disser que coração não doi  - dá aquele aperto e aquela sensação de abandono... Aquela vontade de voltar no tempo e sentir tudo novamente.
Voltar cinco, seis, sete anos, meses, horas, dias, minutos. 
Porém, fazer voltar o tempo é algo tão imaginário quanto oásis em desenho animado. Nós podemos é nos lembrarmos. 
Todos nós já desejamos voltar há alguma época... Seja no dia em que você conheceu o amor da sua vida, foi promovido ou teve a melhor notícia da sua vida. 
E não há nada de mal nisto... É uma singela forma de percebermos que tudo valeu a pena, e que valeu tanto, foi tão bom, que desejamos sentir novamente. Sentir a segurança, a felicidade, a descentralização de todo e qualquer problema que podíamos ter para que se centralizasse somente aquela ocasião. 
Que relembrar é viver, isso ninguém pode negar. O bem que nos faz é inigualável, e as vezes até nos dá um up em nossa realidade. Assim como, as vezes, relembramos de algo não tão bom assim, e desejamos no mesmo instante "deslembrar" e não viver aquela sensação novamente.
Mas como já falei antes, sentimos sim aquela dorzinha em nossos corações quando lembramos de algo que nos gere saudades, e se temos saudades, é sinônimo de que aquilo valeu. 
Por isto que a lembrança anda de mãos dadas com a saudade, pois ninguém sente saudades daquilo que propriamente não se lembra.
Mas desejo à você, sinceramente, que tenhas muito o que relembrar, e que relembre com saudades e com a certeza de que aquilo valeu.... Mas viva para frente, pois só quem vive de passados e se dá bem com isto é museu, sim senhorio, meu caro! 
- E viva novas coisas para que possa amanhã lembrar de hoje com o mesmo carinho que lembra de ontem. 


Então...Vamos relembrar? 






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