terça-feira, 19 de julho de 2011

Para lembrar de se perder

Na necessidade de nos acharmos é que nos perdemos. 
Mas sabe, eu acho uma coisa só: esqueceram de nos ensinar quando pequenos, que se perder também é forma de se achar.
Se perder também é sinônimo de medir forças, mas da maneira mais nobre que se possa: medir consigo e não com os outros. 
É saber até onde mantemos os pés no chão por conta própria, sabermos até onde somos capazes de manter os nossos próprios segredos.
Vivemos querendo provar. Provar para os outros o quanto somos independentes, adultos, sensatos e donos de nós mesmos. 
E esquecemos que assim nos tornamos básicos, como folha de papel em branco.
Necessitamos aprovação. De pai, de mãe, namorado, colegas de classe, amigos do dia-a-dia. Dos outros. Nos movimentamos, por mais que digamos que não, ao redor do que os outros nos inspiram.
Precisamos de motivação externa para nos realizarmos, por mais que nós mesmos somos fontes de impulsão para nossas vontades.
Não lembramos que é uma delícia nos perdermos. Esquecermos do mundo ao redor, não se deixar intrigar com as bobagens corriqueiras, esquecer que amores só são para sempre enquanto duram. Esquecer as chaves, as horas, o telefone desligado. Esquecer o caminho de casa e o caminha da segunda-feira. Esquecer quem te chateia e te perder para quem te ama. Te perder nas noites de vento e te achar logo mais... Quando já souber de quem se trata.
Mas ainda digo e repito que...
Se perder é saber se deixar levar pelas vontades e desejos, a tempo de poder se resgatar de volta. É saber o bem que faz pra si, e não para os outros. Esquecer da segunda opinião e se apaixonar pela primeira - a sua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela atenção, volte sempre e deixe seu comentário, que é muito importante!